terça-feira, 28 de setembro de 2010

IBEJI

Representa as crianças, que vivem, nas cachoeiras, nos campos à brincar.
As crianças riscam seus símbolos, em conjunto ou isolados, que são o Sol e a Lua.
A linha de Ibeji é tão independente quanto a linha de Exu.
O elemento e força da natureza correspondente à Ibeji, são todos, pois ele poderá, de acordo com a necessidade, utilizar qualquer dos elementos.
Dia da semana: domingo
Chacra atuante: cervical
Planeta regente: Mercúrio
Nota musical: Sol.
Cor vibratória: vermelho.
Cor representativa: rosa e azul escuro (roupas, etc.)
Cor da guia (colar): contas rosas e brancas, azuis e brancas, ou ainda, rosas, brancas e azuis em conjunto
Saudação : Ori Beijada
Negativo: Exu Tiriri.
Amalá: doce de qualquer qualidade
Otí: guaraná, soda, água c/ açúcar ou refrescos
Comando da falange: Doum.
Local de entregas: jardins floridos ou beira de praia

As Crianças - Erês

Estas entidades representam a alegria, a sinceridade, a inocência, tudo que é puro.
Representam as crianças, são alegres, travessos, manhosos, cheios de dengo e manias.
São a síntese da pureza.
Geralmente são muito ligados a linha das almas (pretos e pretas velhas), sempre pedindo suas bênçãos e se referindo a eles como vô e vó.
São apegados aos seus apetrechos.
Cada um deles tem uma mania: chupetas, bonecas, carrinhos, bonés, marias-chiquinhas, travesseiros, talco, etc.
Sempre quando estão em terra esperam muitos agrados, adoram doces, guloseimas, balas, pirulitos e adoram um grande bolo todo confeitado e um "Parabéns a você" para eles cantarem e apagarem as velinhas.
São muito sensíveis, então, por esse motivo nunca devemos deixá-los vir sem uma festinha.
Eles esperam por isso.
São entidade de grande sabedoria, que entre brincadeiras soltam as "verdades" que muitas vezes precisamos ouvir.
Para agradá-los sirva uma boa porção de doces regados a bastante mel, num parque ou num jardim bem florido.
Com certeza eles virão para ouvir seus pedidos.

Erés... Salve as crianças (Eré, Igbeji, Cosme e Damião, Crispim e Crispiniano).

Na África, as crianças representam a certeza da continuidade, por isso os pais consideram seus filhos sua maior riqueza.
Preocupar-se com o sustento das crianças é freqüente entre os povos negros, haja a vista a miséria das cidades africanas e a situação do negro na escravidão e na diáspora.
A palavra Igbeji que dizer gêmeos e o orixá Igbeji é o único permanentemente duplo.
Forma-se a partir de duas entidades distintas que coexistem, respeitando o princípio básico da dualidade.
Os Igbejis são filhos paridos por Iansã, mas abandonados por ela, que os jogou nas águas.
Foram abraçados e criados por Oxum como se fossem seus próprios filhos.
Doravante, os Igbejis passam a ser saudados em rituais específicos de Oxum e, nos grandes sacrifícios dedicados à deusa, também recebem oferendas.
Entre os deuses africanos, Igbeji é o que indica a contradição, os opostos que caminham juntos a dualidade de todo o ser humano, Igbeji mostra que todas as coisas, em todas as circunstâncias, tem os dois lados.


Dia 27/09 , Festa de Criança São Cosme e Damião, os santos gêmeos, nasceram na Arábia, no século III, filhos de uma família nobre.
Estudaram medicina na Síria e depois foram praticá-la em Egéia.
Circunstancialmente entraram em contato com o Cristianismo, tornando-se fervorosos seguidores do cristianismo.
Confiando sempre no poder da oração e na confiança da providência divina usaram sua arte médica para curar os necessitados.
Não cobravam por seus serviços médicos, e por esse motivo eram chamados de “anárgiros”, ou seja, aqueles que “não são comprados por dinheiro”.
O seu objetivo principal era a conversão dos pagãos à fé cristã, o que bem faziam através da prática da medicina.
Desta forma, conseguiram plantar em terra fértil a semente cristã em muitos corações, sendo numerosas as conversões.
Cosme e Damião viveram alguns anos como médicos e missionários na Ásia Menor.
As atividades cristãs dos médicos gêmeos chamaram a atenção das autoridades locais da época, justamente quando o Imperador romano, Diocleciano, autoriza a perseguição aos cristãos, por volta do ano 300.
Por pregarem o cristianismo em detrimento dos deuses pagãos, foram presos e levados a tribunal e acusados de se entregarem à prática de feitiçarias e de usar meios diabólicos para disfarçar as curas que realizavam.
Ao serem questionados quanto as suas atividades, São Cosme e São Damião responderam:

- “Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo e pelo seu poder”.

Recusando-se adorar os deuses pagãos, apesar das ameaças de serem torturados, disseram ao governador que seus deuses pagãos não tinham poder algum sobre eles, e que eles só adorariam o Deus Único, Criador do Céu e da Terra“!
Por não renunciarem aos princípios religiosos cristãos sofreram terríveis torturas; porém, elas foram inúteis contra os santos gêmeos, e, em 303, o Imperador decretou que fossem decapitados.
Cosme e Damião foram martirizados no ano de 303, na Egéia.
Seus restos mortais foram transportados para a cidade de Cira, na Síria, e depositados numa igreja a eles consagrada.
No século VI uma parte das relíquias foi levada para Roma e depositada na igreja que adotou o nome dos santos.
Outra parte dela foi guardada no altar-mor da igreja de São Miguel, em Munique, na Baviera.
Os santos gêmeos são cultuados em toda a Europa, especialmente Itália, França, Espanha e Portugal.
Em 1530, na cidade de Igaraçu, em Pernambuco, foi construída uma igreja em sua homenagem.

São Cosme e Damião são venerados como padroeiros dos médicos e farmacêuticos, e por causa da sua simplicidade e inocência também são invocados como protetores das crianças.
Como acontece com tantos outros santos, a vida dos santos gêmeos está mergulhada em lendas misturadas à história real.

Segundo algumas fontes eles eram árabes e viveram na Silícia, às margens do Mediterrâneo, por volta do ano 283.
Praticavam a medicina e curavam pessoas e animais, sem nunca cobrar nada.
O culto aos dois irmãos é muito antigo, havendo registros sobre eles desde o século V, que relatam a existência, em certas igrejas, de um óleo santo, que lhes levava o nome, que tinha o poder de curar doenças e dar filhos às mulheres estéreis.

Aqui no Brasil, a devoção trazida pelos portugueses misturou-se com o culto aos orixás-meninos (Ibjis ou Erês) da tradição africana yoruba.
São Cosme e São Damião, os santos mabaças ou gêmeos, são tão populares quanto Santo Antônio e São João.
São amplamente festejados na Bahia e no Rio de Janeiro, onde sua festa ganha a rua e adentra aos barracões de candomblé e terreiros de umbanda, no dia 27 de setembro.
No dia 27 as crianças saem às ruas para pedir doces e esmolas em nome dos santos e, as famílias aproveitam para fazer um grande almoço, servindo a comida típica da data: o chamado caruru dos meninos.

Segundo a lenda africana, os orixás-crianças são filhos de Iemanjá, a rainha das águas e de Oxalá, o pai de toda a criação.
Outras tradições atribuem a paternidade dos mabaças (gêmeos) a Xangô, tanto que a comida servida aos Ibejís ou Erês, chamados também carinhosamente de “crianças” é a mesma que é oferecida a Xangô, o senhor dos raios, o caruru.
Uma característica marcante na Umbanda e no Candomblé em relação às representações de São Cosme e São Damião é que junto aos dois santos católicos aparece uma criancinha vestida igual a eles.
Essa criança é chamada de Doúm ou Idowu, que personifica as crianças com idade de até sete (7) anos de idade, sendo ele o protetor das crianças nessa faixa de idade.
Junto com o caruru são servidas também as comidas de cada orixá, e enquanto as crianças se deliciam com a iguaria sagrada, à sua volta, os adultos cantam cânticos sagrados (oríns) aos orixás.


Ele foi doutor, ele me curou, ele me curou
Numa brincadeira que ele brincou, que ele brincou
Eram três crianças eu me lembro bem
O terreiro em festa eu me lembro bem
Vieram de um a um
Eram Cosme, Damião e Doum.

Onibeijada !!!

Saravá Umbanda !!!

Saudação: Erê.
Habitat: jardins, praças floridas, parques de diversão.
Essências: flor de maçã, camomila, miosótis.
Elemento: sentimento de alegria e paz.
Cor: azul claro e/ou rosa e branco.
Dia: domingo.
Local de Trabalho: jardins, praças floridas, parques de diversão.
Flores: palmas cor-de-rosa, monsenhor cor-de-rosa.
Guia: 134 contas, sendo 67 brancas e 67 rosas. Dispor 1 branca, 1 rosa, etc.
Firma conforme a vibração originária. Praia: azul claro; Mata: verde; Cachoeira: amarela; Poeira: azul escuro; etc.
Libação: água com açúcar, guaraná ou qualquer outro refrigerante.
Fita: azul claro, rosa, amarela, branca.
Pedras: quartzo rosa, turmalina rosa (rubelita), rodocrosita
Metal: da vibração originária.
Saúde: dores de cabeça, dores musculares e vômitos.
Objetivo: casamentos, gravidez, boas vendas
Vela: branca, azul clara e/ou rosa.
Ervas: cambará; caruru; maracujá. Amalá: manjar, doces, cocadas
Cozinha Ritualística - Nas giras festivas de Ibeijada, normalmente há farta distribuição de doces, bolos e balas à assistência.
Tradicionalmente, não devem faltar o manjar e as cocadas brancas.
Obrigação: 7 velas rosas; 1 guaraná; 1 pacote de balas de coco; 1 vidro de mel; 1 prato branco virgem; 1 copo com água mineral; 7 rosas cor-de-rosa; fósforos; pano rosa
FONTE: http://www.umbanda.amovoce.net/

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